quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

ZÉ ELÉTRICO...


No artigo anterior foi tratada a fissão nuclear sob a ótica do seu perigo (a radioatividade).
            Neste, o Zé elétrico muda o foco para uma FICÇÃO nuclear. Ficção é fantasia! É sonho!
E aqui começa a fantasia. Não se sabe se ela é proveniente de um sonho acordado, porém, sonho é sonho.
O Zé elétrico nos contou um dia, após ter ouvido o relato do sonho que um técnico teve com as usinas nucleares, que este havia sonhado que estava trabalhando numa grande alteração de projeto que envolvia as usinas de Angra 1 e 2. O escopo era o de levar uma ramificação da tubulação do vapor principal de Angra 2 para a turbina de Angra 1.
Quem muito esteve preocupado com a atividade em questão foi o engenheiro Oriço Jr. Ele mais pareceu ter sido um comandante em chefe daquela operação, a considerar que ficava todo arrepiado ante a cada passo desenvolvido. Coisa de Mágno! Magano! Havia batizado aquela operação de caravana do São Jorge Luiz, quer dizer, do São Jorge da Luz, não tendo nada a haver com o nome do seu querido chefe da cidade de Resende.
Havia dado tudo certo, porém, uma coisinha aparentemente simples chamou-lhe a atenção. Foi logo assim que se conseguiu com o retorno do vapor condensado para o gerador de vapor de Angra 2. Ele notou que havia uma válvula com defeito. E esta carecia de ser trocada.
Na medida em que se dirigiu ao setor de sobressalentes, ponderou sobre a importância de se trocar logo aquela válvula, pois, o tal projeto em que trabalhava era para atender uma inédita geração simultânea de energia nuclelétrica produzida pelas duas usinas, apostando no trabalho mecânico de uma só delas, ou seja, a de Angra 2.
- Fantástico! Genial! - Exclamou ele, que disse: - o que estou agora para ver, em termos de ineditismo, é uma esperada produção de energia graças a potência do gerador de vapor de Angra 2 que é o dobro a de Angra 1.
A corte na Candelária já dava como líquida e certa aquela alteração de projeto. E foi tomada de surpresa quando veio, a saber, que estava faltando uma complementação para fechar o esperado. O certo é que, por parte dos súditos, não viera informação clara do que faltava.
Lion não acreditava no que se passava. Tratou de fazer consulta com o Oto, o Rino, que arrancava os parcos fios de cabelo que ainda lhe restavam.
 Mas, a caravana havia empacada. E a parada das usinas continuava. E isto cheirava a encrenca.
Dores de cabeça à parte com a parada, a caravana agora só corria contra o tempo, tentando cumprir o seu destino superando pedras, pedrinhas e até Pedrão se lascando. Porto à distância era a esperança de chegada da peça, com Cunha a se introduzir sua cabeça numa brecha. Solera antes o manual de operação do Gedeon que prometia fazer soar a trombeta.
A tentativa era fazer chegar à corte noticia de que o problema não era, assim, tão difuso do que se acreditava. A coisa, diziam, não está tão preta. Está mais para um Negrini.
Campello tranquilizava Jordani que havia Soares da vinda de uma boa nova.
 Mas, a verdade, era outra. A encrenca rumava a contornos de Mázaro a pior.
- Isto só pode ser praga do Argentino – gritou o Maciel, ao Pequeno, da garantia.
Um puxa saco completamente desinformado, fez chegar a notícia de que a tal peça em questão se tratava da válvula do Olívio.
-Válvula do Olívio? Que porra é essa? – vociferou um picão da corte, espumando de raiva.
-Calma! Calma – alguém, de modo sereno, interveio e, complementando, disse:- trata-se da válvula de alívio. O problema reside na falta dela que não tem reposição no momento. Daí, toda esta confusão e mal entendido.
O Nogueira e Vidinha, à parte, riram-se discretamente, como muitos, frente à boa nova notícia.
- O pastor Ao seu, dispor, fez ecoar: - Glória! Oh, Glória!
- A Alvarez? – Perguntou o professor, Sotano baforada!
- Acorda Alice – retrucou ele. É a aleluia! Glória, Aleluia!
Um tempo para a reposição da peça fora Marcatto pelo Rezende em conversa com o Vassalo da DIMTO. Com isto os ânimos foram serenados e, a corte, se viu satisfeita com o relatório final. E todos se congratularam ante ao sucesso alcançado.
Por parte da mídia, muitos foram os elogios que se sucederam nas manchetes.
O Operador do Sistema tratou de adjudicar a causa como uma façanha sem precedentes.
E muitos foram os que falaram acerca da responsabilidade dos trabalhadores nucleares. Muitas abordagens aconteceram em se tratando de alocuções elogiosas ao setor nuclear.
Sobre os responsáveis das usinas nucleares, muito se falou. Mais além: fizeram também apologia centrada nos homens que, diariamente, convivem com aquilo que é tratado como um mito, ou seja, a radioatividade. Os operadores das usinas nucleares são, antes de tudo, paladinos escudeiros da prática nuclear. Sim! Paladinos escudeiros! Por quê? Porque são trabalhadores de grande bravura! E também porque eles próprios estão à frente de um labor, cuja especificidade difere de tudo o que existe na prática laboral das grandes, médias e pequenas indústrias. Labor que exige domínio pleno de conhecimentos sobre o que é considerado, ainda, de um mistério. Mistério como a da radioatividade. Constantemente eles estão circunscritos a estresses, nervosismo, fadiga e necessidades de autodomínio. Ali, entre eles, a vacilação não pode existir. O inseguro não tem espaço entre eles. Fazem-se necessários cursos constantes de reciclagem para que de nada se esqueçam do que é imprescindível para o controle, eliminação de riscos e a produção de energia nuclelétrica. Afinal, se sabe, que o termo ou a palavra paladino se refere a homem de bravura. Homem este que deve ser um indômito frente às adversidades. Sobretudo à da nuclear.

(Nota do autor: o presente artigo tem o objetivo de fazer uma apologia aos briosos companheiros de trabalho da área nuclear. Qualquer semelhança com os nomes dos colegas aqui depreendidos, é uma mera coincidência que deve ser levada em conta como um louvor de carinho e respeito dado a cada um deles. Impossível contemplar todo o universo dos nossos colegas. Daí o pedido de desculpas que o autor deixa aqui patente em face desta não contemplação).
Mambucaba, Paraty.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Estaria a suposta Nova Ordem Mundial sofrendo um revés com a crise na zona do euro?

A diferença de natureza entre povo e território nacional é consagrada pela doutrina do “Iluminismo” no plano das ideias. Povo e suas nações podem se tornar mais lúcidos ao reconhecerem a importância do livre pensamento na formação de uma Nova Ordem Mundial. E o que sugere ser a Nova Ordem Mundial (“Novus Ordo Seclorum”)? Muitos acreditam que ela sugere vir a ser um sistema de administração mundial, cujo propósito é o de ter o controle das populações e suas nações. E sob um único governo mundial e sistema monetário.
Liberdade pessoal, direitos, responsabilidades individuais, liberdade de expressão, religiosa, a propriedade privada e os negócios, inclusive o desenvolvimento da personalidade, estão todos no seu bojo prontos para ser engolidos (restringidos).
Existem correntes que acreditam que o modelo hoje da União Européia foi gestado por inspiração oriunda daquela doutrina.
            Já há muito tempo atrás AB Lincoln teria dito que o poder monetário explora a nação nos tempos de paz, conspirando contra ela nas épocas de adversidade.
            A crise vivenciada no momento pela Europa deriva dessa assertiva. Sem dúvida o modelo da União Européia foi concebido se espelhando nessa conspiração. Os teóricos da conspiração são de opinião que a Nova Ordem Mundial é encontrada por toda a sociedade, permeando e influenciando todas as camadas do governo, dos negócios e das finanças. E há quem afirme que esse modelo é um objeto legítimo e meritório. Modelo que sugere abarcar muitas coisas, inclusive sociedades secretas e conluios, a manipulação e o controle do governo, organizações bancárias e financeiras, linhagens de família, casas reais, dinastias, grupos que influenciam as diretivas das organizações e praticamente tudo o mais.
Cabe-nos descobrir se de fato procedem tais afirmações, a considerar que, caso sejam verdades, então todas as ONGs, movimentos religiosos, instituições financeiras, governos, movimentos políticos e grupos de serviços de informações estarão subjugados de modo incrementes.
Se os mercados (financeiro/político/econômico) são hoje regidos por uma trama brilhante e manipuladora orquestrada pela suposta Nova Ordem Mundial, então, não tenhamos dúvidas de que a mesma incorpora o espírito da unificação. Sem dúvida! A idéia por trás dela é outro conceito irresistível para os teóricos da conspiração e escritores com uma disposição paranóica para explorar. Porém, não duvidemos do fato de que esta sua propositura venha a não se estabelecer como real. Exemplo? Basta que foquemos o problema grave que o mundo assiste sob o tema “crise na zona do euro”.  Quer mais? O movimento das passeatas começado na Walt Street e que já se encontra orquestrado no velho mundo, cuja bandeira levantada é aquela que condena o universo de 1% (um por cento) dos mais ricos em detrimento dos 99% (noventa e nove por centos) mais pobres. Bate pesado na tecla da reclamada “exploração”. Condena a autocracia, os banqueiros, o sistema financeiro e todas as grandes corporações que se aviltam a obter o monopólio mercantil do mundo. Tal movimento acredita que a hora é agora para se erradicar o poder monetário, se empenhando numa luta de restrição do seu reino. Quer que o poder verdadeiramente democrático seja restabelecido, desmontando a influência do preconceito das pessoas até que aconteça de fato a tão sonhada divisão da riqueza, porque ora ela está agregada nas mãos de poucos, dando às costas àqueles que vivenciam uma falsa democracia.    
A solidez das políticas nacionais deve se escorar no cuidado que devem dar aos assuntos domésticos de cada nação. Mais Investimento na Educação, Infraestrutura, Competitividade, e com o esforço Fiscal atrelado ao PIB que não pode se sujeitar às despesas maiores do que as suas receitas.   
É concebível crermos que a suposta Nova Ordem Mundial sofre revés ILLUMINATI?

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

ANTIMATÉRIA

O Zé elétrico volta aqui detonando com a antimatéria.
            A matéria e a antimatéria foram encontradas em quantidades iguais nos primeiros estágios da criação do universo.
Matéria é tudo aquilo que nos é de concreto. Apresenta-se em forma de corpo, massa e volume. Pode ser leve ou pesada, e é formada por átomos, elétrons, prótons, nêutrons e muitas partículas ainda menores chamadas de partículas subatômicas.
Toda partícula subatômica possuí uma “antipartícula” correspondente, tendo a mesma massa de uma determinada partícula, porém, com propriedades elétricas ou magnéticas opostas. Por exemplo: um próton positivamente carregado terá um próton de antimatéria negativamente carregado como a sua variante.
Pronto! Está aí o tema desse artigo: a ANTIMATÉRIA.
Fácil, não? Portanto, se liguem: Matéria e Antimatéria são antagônicas (contrárias), ou seja, são opostas (ação e reação).
No momento, ainda não podemos utilizar da energia que jaz no interior da antimatéria.
O homem vem, há tempos, explorando a energia das matérias. Por exemplo: a energia hidráulica deriva dos reservatórios e represas d’água. A matéria água, ali represada, quietinha, está com sua energia no modo potencial. Quando as comportas são abertas, então, ela troca esta sua energia potencial para a energia de modo cinética (velocidade). Sai arrancando tudo à sua frente. Se domada, ou orientada para uma finalidade, passando por dutos ou canais, pode produzir o que se espera dela.
Assim também acontece com certos minerais como o urânio, tório, césio e etc. Deles são exploradas suas energias já conhecidas no nosso meio nuclear.
A produção de matéria e antimatéria pode ser conseguida através de liberações de quantidades fenomenais de energia oriundas de colisões entre prótons. Por um acelerador de partículas na velocidade da luz, tais colisões, ocorridas simultaneamente em direções opostas ao redor de um anel de magnetos enterrados profundamente em um túnel com cerca de 26,5 quilômetros de extensão,  liberam uma mega energia que pode propiciar esta produção. 
Matéria se deparando com qualquer antimatéria criada em laboratório, ao se colidirem, ambas se aniquilam. Autodestroem-se.
A energia da antimatéria é tese para cientistas desenvolverem em seus estudos de propulsão para naves voltadas às longínquas viagens interestelares. Coisa para o futuro. Hoje ela ainda é uma ficção, a considerar que não pode ser controlada, portanto, não aproveitada. O receio que se tem dela está no medo já incutido na mente humana de que ela é um dispositivo para a destruição perversa ou como um sistema de propulsão.
Embora a ciência ache complexo o desenvolvimento deste estudo, todavia, o que impede a produção da antimatéria são os exorbitantes e estratosféricos custos financeiros desse trabalho.
O máximo que se conseguiu até agora foi a criação de um “antiátomo” pelo CERN (Conseil Européen pour La Recherche Nucléare), Meca para os físicos, na Suíça. Trata-se de um núcleo com um antipróton mais um antielétron, cuja proeza foi reconhecida pelos anais da ciência.
A antimatéria é estudada na física quântica que trata de descrever certos tipos de partículas subatômicas. Descrever o comportamento dos elétrons, na verdade, requer a existência de outro tipo de partícula, com a mesma massa do elétron, mas, com uma carga positiva em vez de negativa. Essas partículas foram batizadas de “pósitrons”, e, assim, nasceu a teoria da antimatéria.
A antimatéria é altamente instável e não ocorre na Terra de um modo natural. Existem dados que indicam nuvens de sua existência no centro da galáxia, daí se acreditar que nela está a chave que provará de vez por todas como o universo foi criado. 

sábado, 3 de dezembro de 2011

ZÉ ELÉTRICO

A exemplo do Zé gotinha na campanha nacional de vacinação do ministério da saúde, o Zé elétrico é um ícone da informação nuclear criado pela Eletrobrás.
Nas usinas nucleares o Zé elétrico não trata de ficção, e, sim, de fissão nuclear. De modo claro e simples, explica que a fissão nuclear é um processo artificial que permite acelerar a liberação de grandes quantidades de energia liberada por certos minerais radioativos instáveis. Processo este muito perigoso, e que requer medidas drásticas de segurança junto ao seu manuseio. Daí o grande mistério que reveste o estudo, o processamento e a produção de qualquer bem nuclear.
Sabedor da falta de entendimento do público que enxerga a radiação como algo extremamente misterioso, complicado e pouco entendido, o Zé elétrico se serve desse espaço para tentar esclarecer o que pesa de dúvida em termos de perigos sobre a radioatividade. Diz ele aqui que a radioatividade nada mais é do que um fenômeno de emissão de partículas depreendidas de elementos minerais radioativos instáveis (como o Tório e o Urânio). Tais elementos devem ser trabalhados com muita responsabilidade, pois, assim que deixarem de ser úteis, seus elementos químicos radioativos podem contaminar seus operadores, o local (ambiente) e a biosfera. Este lixo atômico, ou residual, é formado por substâncias nocivas que deixaram de ter utilidade .
Por achar que o assunto é complicado, aqui o Zé elétrico se abstém de falar sobre os raios gama, nêutrons, elétrons e partículas alfa que são o grande risco e perigo provenientes da radiação. Deixa claro afirmando que os técnicos da Eletronuclear não são uns aventureiros que se arriscam de modo irresponsável na tratativa deste assunto que é muito sério. Eles não podem falhar. Suas famílias moram em vilas coladas naquele complexo, assim como no seu entorno há um bairro do tamanho de uma cidade que é o Parque Mambucaba (ex-Perequê). Quem é que deseja ter câncer ou doenças graves provenientes do trabalho com radioatividade? Ninguém! É claro! Então, a segurança começa, continua e persiste no dia a dia daqueles técnicos que velam por si próprios, suas famílias e a sociedade em geral. Eles não descartam da possibilidade de perigos que aparentemente inexistem em resíduos contaminados por baixa toxidade como estopas, tecidos, sapatilhas, macacões, luvas descartadas, gorros, resinas e elementos de água usada no circuito de resfriamento do reator. Para tudo, eles dedicam uma atenção esmerada. Praticam cuidados extremos, pois, estes resíduos aparentemente considerados de baixa, todavia, podem conter altíssima toxidade, como por exemplo, os isótopos que emitem radiação alfa. Teor de radioisótopos que emitem radiação alfa é aquele determinado pela ocorrência de produtos radioativos. Todo radioisótopo tem uma meia (1/2) vida, ou seja, o tempo (T1/2) necessário para perder metade de sua radioatividade.  Esta radiação, dada a sua velocidade, é muito nociva ao homem e ao seu ambiente, tendo de ser contida ou isolada da biosfera por muito tempo, como é o caso do elemento estrôncio 90.
A fissão nuclear é perigosa por oferecer o risco de radioatividade proveniente de todo material ou substância com elementos químicos radioativos. A radioatividade desse material ou substância diminui com o tempo, porém, tal tempo pode ser o de milhares de anos.
Como foi afirmada, a fissão é um processo artificial que permite acelerar a liberação de grandes quantidades da energia liberada dos elementos minerais instáveis. Dela, para a fusão nuclear, há uma grande diferença, pois, se a primeira é um processo artificial já em uso, a segunda pode ser considerada ainda como ficção, porque ainda não é uma tecnologia viável.
A fusão (passagem do sólido p/o líquido) nuclear é, em tese, um processo menos perigoso do que a fissão.  O risco da fusão de uma peça radioativa reside no fato da possibilidade de  que partículas radioativas cheguem à atmosfera.
Na fusão nuclear, os núcleos de vários átomos de hidrogênio se fundem, e a liberação de energia é feita sem radiação.
O Zé elétrico dá uma parada por aqui. Mas ele promete voltar com outros esclarecimentos de fácil entendimento.

Twitter Delicious Facebook Digg Stumbleupon Favorites More

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Powerade Coupons